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Sobre a obra...

"Ao eleger o povo indígena Jiripankó como sujeito da pesquisa, Vinícius Mendonça assumiu o compromisso de descrever a trajetória de um grupo étnico que, apesar de formado distante, fisicamente, do seu tronco formador, não se afastou da sua realidade e dos elementos identitários que o definem, destacando o campo religioso e identitário no qual se ancoram suas observações e práticas como pesquisador de campo que transita entre a etnografia e a historiografia enquanto resultado da sua imersão no território e nos espaços sagrados dos Jiripankó, no Sertão alagoano. Ao definir as pinturas corporais como objeto de estudo e de posterior escrita, o autor, consciente da importante função religiosa ancestralmente herdada pelos Jiripankó, sabia dos limites, fronteiras e interdições que se sobrepunham à sua ação naquela comunidade. Para contornar tais fronteiras ou sinais diacríticos, mergulhou profundamente no cotidiano da comunidade, conviveu com os indígenas durante os seus rituais, acompanhou etapas que os antecederam e sucederam, participou da vida diária nas residências de algumas famílias, acompanhou ações na escola e também frequentou outros diversos espaços compartilhados por aqueles indígenas, não se limitando apenas a entrevistar e fotografar interlocutores da pesquisa em momentos pontuais, preocupando-se, portanto, com as ações cotidianas dos Jiripankó no Alto Sertão alagoano".

Mestrando em História pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Especialista em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e em Ensino de História pela Faculdade Venda Nova do Imigrante (FAVENI). Graduado em História pela Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL). Atualmente, professor efetivo da Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (SEDUC/AL) e pesquisador associado ao Grupo de Pesquisas em História Indígena de Alagoas (GPHIAL/CNPq/UNEAL) e ao Grupo de Pesquisas em História Indígena no Brasil Republicanos (GPHI-BR/UFAL). Desde 2017, realiza pesquisas acerca dos povos indígenas do Alto Sertão de Alagoas (séculos XX e XXI), sobretudo em relação a processos de formação histórica, praticas culturais, mobilizações e reconhecimentos. 

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