top of page
Yuri Rodrigues

Os Jiripankó

Atualizado: 21 de abr.

O grupo étnico Jiripankó encontra-se localizado territorialmente no Alto Sertão de Alagoas, no município de Pariconha. A população estimada do povo é de 2100 pessoas, distribuídas em 412 famílias[1]. O território, 1.100 ha. delimitados e 215 ha. demarcados, é dividido em sete aldeias: Ouricuri, Figueiredo, Piancó, Poço d’Areia, Serra do Engenho, Araticum e Caraibeiras. A maior parte dos indivíduos está concentrada na aldeia Ouricuri. Além disso, a escola, o Polo Base de Saúde e os espaços ritualísticos mais utilizados estão dispostos nessa área.


Os Jiripankó estão vinculados através de memórias e de uma tradição religiosa com os Pankararu, de Brejo dos Padres, no município de Tacaratu/PE. No decorrer dos séculos XIX e XX, grupos familiares saíram de Pernambuco e chegaram a Alagoas em busca de melhores condições de vida, fugindo da seca ou, em muitos casos, da perseguição de fazendeiros. No território alagoano, continuaram a se comunicar com suas entidades religiosas e a se relacionar com os indivíduos que ficaram no outro território. Com o tempo, buscaram o auxílio de grupos étnicos reconhecidos pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas – FUNAI, e de organizações não-governamentais, para iniciarem o processo que culminou no reconhecimento étnico-territorial das famílias que afirmavam ter origem entre os Pankararu. O mapa a seguir, apresenta uma visão espacial mais completa sobre a localização geográfica dos Jiripankó.


[1] Esses dados foram levantados no site da Fundação Nacional dos Povos Indígenas – FUNAI e em organizações não-governamentais como o Conselho Indigenista Missionário – CIMI e o Instituto Socioambiental – ISA. Os membros do grupo estão passando por um novo recadastramento. Então, até a finalização desta dissertação os números deverão ser atualizados. Apesar de considerar, desde já, que os possíveis resultados não refletem necessariamente aqueles indivíduos que se autoidentificam como Jiripankó. Anualmente diversos jovens e adultos deixam o território indígena na procura por trabalho. No corte de cana-de-açúcar, na Zona da Mata do estado, nas plantações de café, em Minas Gerais, e em afazeres distintos, em São Paulo.


Fotografia 1 - Praiá no terreiro

Fonte: Yuri Rodrigues, 2017.



 

Vídeos produzidos:



62 visualizações0 comentário

Комментарии


bottom of page